Não é de hoje que o apelo sensual das danças brasileiras choca os setores mais conservadores da sociedade. Um século atrás, a dança mais popular do Rio de Janeiro era o maxixe. Este é o nome de um fruto comestível, ainda hoje muito consumido no Nordeste.
Como a planta que lhe dá origem é rasteira, a palavra "maxixe" passou a ser associada a tudo que fosse pouco refinado, de baixa categoria. Veio daí o batismo da dança sensual, praticada pelas camadas populares.
O Maxixe (também conhecido por Tango brasileiro) é um tipo de dança de salão criada pelos negros, que esteve em moda entre o fim do século XIX e o início do século XX. Dançava-se acompanhado a dois. Seu estilo musical é contemporâneo da polca e dos princípios do choro e contou com compositores como Ernesto Nazareth e Patápio Silva. Mas o maior nome na composição de maxixes foi, sem dúvida, o da maestrina Chiquinha Gonzaga.
Teve a sua origem no Rio de Janeiro na década de 1870, mais ou menos, quando o tango também dava os seus primeiros passos na Argentina e no Uruguai, do qual sofreria algumas influências. Dançada a um ritmo rápido de 2/4, notam-se também influências do lundu, das polcas e das habaneras. Tal como o tango, este estilo foi também exportado para a Europa e Estados Unidos da América, no início do século XX.
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